Todas as luzes azuis foram acesas por mim em alguma estância dessa existência, refletindo em meu corpo como milhões de sinos que badalam descontroladamente na onomatopeia que ninguém entende, a wanna be de Amélie Poulain distante de um fabuloso destino, e da sorte de um amor tranquilo com sabor de fruta mordida. Eles vivem de achar que sou como um conceito de Macabéa com inocência parcialmente corrompida, esperando a hora da estrela, vomitando referências desconhecidas em um blog pseudo anônimo, e me entorpecendo todas as noites com a dose violenta de qualquer coisa desde o dia em que o destino mais elementar foi me mudar do lugar onde pude ser eu pela primeira vez, mas eu sou como uma criança de oito anos que acende uma luz azul, que coleciona flores secas, miniaturas de capivara, e acredita que Rita lee é uma bruxa, você não entende e eu também não. Reza a lenda que por sorte ou descuido da matrix os garotos se encontram quando as estrelas se alinham, mas o encontro é sempre trágico e doloroso, pois eles são jovens demais para o amor.